Sífilis, a epidemia crescente no Brasil

6 de março de 2020 por biolag

A sífilis é considerada um grave problema de saúde pública no Brasil desde 2016, pois a taxa de detecção da infecção aumentou em todas as faixas etárias, principalmente entre 20 a 29 anos. Este rastreamento é possível devido a rapidez no diagnóstico e à obrigatoriedade de notificação de novos casos à vigilância epidemiológica.

O que sífilis?

É uma infecção sexualmente transmissível causada pela bactéria Treponema pallidum e o modo de transmissão é através de relação sexual sem camisinha e também de mãe para filho durante a gestação ou parto.

A sífilis adquirida se apresenta em vários estágios, sendo eles, o estágio primário, secundário, latente e terciário. Estas quatro fases possuem diferenças entre si, e também direcionam a um diagnóstico preciso.

A fase primária é caracterizada pela presença de ferida no local da entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros locais da pele). Essa ferida é geralmente é indolor, não tem pus, não arde e nem coça e pode estar acompanhada de íngua na região da virilha. Aparece de 10 a 90 dias após o contato com a bactéria, e desaparece independente de tratamento direcionado.

A fase secundária é caracterizada com manchas pelo corpo, que aparecem aproximadamente seis meses após a cicatrização da ferida primária. Essas manchas são ricas em bactérias e localizam-se também na palma das mãos e planta dos pés. Nesta fase há sintomas de febre, dores de cabeça, mal estar e o aparecimento de ínguas pelo corpo.

Nestes dois primeiros estágios da doença, há maiores chances de transmissão.

No estágio latente, a doença é caracterizada como assintomática, e é dividida em sífilis latente recente (menos de dois anos de infecção) e sífilis latente tardia (mais de dois anos de infecção).

E a fase terciária pode surgir décadas após a infecção e apresenta lesões cutâneas ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte.

A sífilis congênita, é de transmissão de mãe para filho e considerada muito grave, pois pode se apresentar no bebê como infecção não aparente ou até sequelas permanente, abortos e óbitos fetais. Portanto, exames de diagnóstico de sífilis estão inclusos no pré natal e realizados em três momentos da gestação: primeiro e terceiro trimestres de gestação e momentos antes do parto ou em casos de aborto.

A sífilis congênita pode se manifestar logo após o nascimento, durante ou após os primeiros dois anos de vida da criança.

O teste rápido para detecção de sífilis é oferecido hoje em dia em unidades de saúde, de forma gratuita. É um diagnóstico simples e rápido, e auxilia no início do tratamento imediato, principalmente quando se trata de gestantes e casos de estupro. No entanto, o teste sendo positivo (reagente), é direcionado para o segmento laboratorial, onde são realizados testes mais sensíveis e específicos para a sífilis. 

O VDRL e FTA-ABS IgG são exames indispensáveis para o diagnóstico e monitoramento da doença e são feitos por amostras de sangue. São procedimentos simples que podem mudar sua vida. Previna-se! Caso tenha suspeita da infecção, faça o teste!

Autoria: Rafaella Cosmo, Biomédica e Pós-graduada em Microbiologia Clínica.

A sífilis é considerada um grave problema de saúde pública no Brasil desde 2016, pois a taxa de detecção da infecção aumentou em todas as faixas etárias, principalmente entre 20 a 29 anos. Este rastreamento é possível devido a rapidez no diagnóstico e à obrigatoriedade de notificação de novos casos à vigilância epidemiológica.

O que sífilis?

É uma infecção sexualmente transmissível causada pela bactéria Treponema pallidum e o modo de transmissão é através de relação sexual sem camisinha e também de mãe para filho durante a gestação ou parto.

A sífilis adquirida se apresenta em vários estágios, sendo eles, o estágio primário, secundário, latente e terciário. Estas quatro fases possuem diferenças entre si, e também direcionam a um diagnóstico preciso.

A fase primária é caracterizada pela presença de ferida no local da entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros locais da pele). Essa ferida é geralmente é indolor, não tem pus, não arde e nem coça e pode estar acompanhada de íngua na região da virilha. Aparece de 10 a 90 dias após o contato com a bactéria, e desaparece independente de tratamento direcionado.

A fase secundária é caracterizada com manchas pelo corpo, que aparecem aproximadamente seis meses após a cicatrização da ferida primária. Essas manchas são ricas em bactérias e localizam-se também na palma das mãos e planta dos pés. Nesta fase há sintomas de febre, dores de cabeça, mal estar e o aparecimento de ínguas pelo corpo.

Nestes dois primeiros estágios da doença, há maiores chances de transmissão.

No estágio latente, a doença é caracterizada como assintomática, e é dividida em sífilis latente recente (menos de dois anos de infecção) e sífilis latente tardia (mais de dois anos de infecção).

E a fase terciária pode surgir décadas após a infecção e apresenta lesões cutâneas ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte.

A sífilis congênita, é de transmissão de mãe para filho e considerada muito grave, pois pode se apresentar no bebê como infecção não aparente ou até sequelas permanente, abortos e óbitos fetais. Portanto, exames de diagnóstico de sífilis estão inclusos no pré natal e realizados em três momentos da gestação: primeiro e terceiro trimestres de gestação e momentos antes do parto ou em casos de aborto.

A sífilis congênita pode se manifestar logo após o nascimento, durante ou após os primeiros dois anos de vida da criança.

O teste rápido para detecção de sífilis é oferecido hoje em dia em unidades de saúde, de forma gratuita. É um diagnóstico simples e rápido, e auxilia no início do tratamento imediato, principalmente quando se trata de gestantes e casos de estupro. No entanto, o teste sendo positivo (reagente), é direcionado para o segmento laboratorial, onde são realizados testes mais sensíveis e específicos para a sífilis. 

O VDRL e FTA-ABS IgG são exames indispensáveis para o diagnóstico e monitoramento da doença e são feitos por amostras de sangue. São procedimentos simples que podem mudar sua vida. Previna-se! Caso tenha suspeita da infecção, faça o teste!

Autoria: Rafaella Cosmo, Biomédica e Pós-graduada em Microbiologia Clínica.

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